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sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

ESTILOS DO JAZZ

 5 ESTILOS DO JAZZ



New Orleans:

O primeiro estilo bem definido do jazz nos bordéis da cidade de New Orleans, especificamente no bairro de Storyville, anos em que a prostituição não era considerada ilícita – 1897 a 1917. O jeito New Orleans de fazer jazz teve, alguns expoentes, pioneiros como King Oliver com sua Original Creole Jazz Band, Jelly Roll Morton e Sidney Bechet.Os ritmos que formavam o novo estilo musical eram ouvidos nos pequenos bares de Storyvilles, os honk tonks, como eram chamados e viram o novo estilo musical se formar, sendo palco para uma nova expressão artística.A seção rítmica ainda se limita a um papel de acompanhante, com exceção do piano, que ocasionalmente já sola (principalmente se tocado por mestres como Earl Hines).Esse estilo se expandiu e o que contribuiu muito para isso foi justamente a sua essência livre.


Swing:

Swing significa balanço e oscilação, é utilizado no jazz de duas formas completamente diferentes. No sentido técnico, é definido como uma dinâmica específica produzida por vários elementos, como o deslocamento insólito dos acentos nos tempos fracos do compasso, a pulsação rítmica muito marcada, a superposição de diferentes planos rítmicos, o ataque decidido (hot) das notas e a execução melódica flexível e liberada de todo o rigor, porém marcada pela pulsação regular dos compassos. O swing ficou indelevelmente associado às grandes orquestras, e o período que vai aproximadamente de 1938 a 1943 ficou conhecido como era do swing. De fato, as mais célebres formações orquestrais do jazz atuaram na era do swing: Glenn Miller, Benny Goodman, e entre outros. Extrema qualidade técnica, perfeito acabamento formal, arranjos elegantes e caráter dançante eram as marcas do estilo, que nem por isso carecia de vigor. O swing foi um celeiro de talentos. Muitos músicos que depois desenvolveriam estilos próprios e viriam mesmo a inaugurar novas correntes no jazz são oriundos das orquestras da era do swing.
                                       

Bebop:

Bebop vem das onomatopeias pronunciadas pelos músicos imitando o fraseado frenético dos seus instrumentos. O bebop privilegia os pequenos conjuntos e os solistas de grande virtuosismo. Esse estilo surgiu diretamente dos pequenos grupos de swing, mas deu uma ênfase muito maior à técnica e a harmonias mais complexas, por oposição a melodias cantáveis. O desenvolvimento do bebop levou a novas abordagens de acompanhamento, bem como de solo. Bateristas começaram a depender menos do bumbo e mais do prato de condução e do chimbal. Baixistas tornaram-se responsáveis por manter a pulsação rítmica, passando a tocar quase que exclusivamente uma linha do baixo que consistia principalmente de semínimas enquanto marcavam a progressão harmônica. Os pianistas puderam usar um toque mais leve, e em especial suas mãos esquerdas não eram mais obrigadas a definir a pulsação rítmica ou a tocar a nota fundamental dos acordes. Os músicos que se encontravam regularmente no "Minton´s" do Harlem e na 52nd Street, como o pianista Thelonious Monk, os bateristas Kenny Clarke e Max Roach e o guitarrista Charlie Christian e também o vibrafonista Milt Jackson, o pianista Bud Powell e o trombonista Jay Jay Johnson.

                               

Hard Bop:

O Hard Bop iniciou de outro estilo musical, o bop. Com o crescimento do bop na segunda metade dos anos 40, as estrutura dos acordes, ritmos e de improvisação no jazz se tornaram muito mais complexas. Caracterizar e analisar este estilo não é tarefa simples, e por isso mesmo constitui um problema interessante por duas razões. A primeira é que o Hard Bop nasce da ação de dois movimentos opostos, ambos a partir do bebop: um em direção a uma maior elaboração e complexidade, e outro em direção a uma certa simplificação. E em segundo, o fato de ser um estilo que abrange um período de tempo relativamente longo, sofrendo transformações ao longo desse tempo, também contribui para dificultar a captação de seus traços fundamentais. O papel dos instrumentos da seção rítmica também é redefinido: em particular, contrabaixo e bateria ganham maior liberdade e atingem a emancipação dentro do conjunto de jazz. No Hard Bop, os instrumentos da seção rítmica assumem o primeiro plano.Eles tem um lugar de destaque no Hard Bop os conjuntos liderados pelo pianista Horace Silver e as várias formações dos Jazz Messengers de Art Blakey. Além de Silver e Blakey, destacam-se ainda os sax-tenoristas Sonny Rollins, Hank Mobley, Clifford Jordan e George Coleman, os trompetistas Clifford Brown, Art Farmer e Lee Morgan, os sax-altistas Cannonball Adderley e Jackie McLean, o pianista Wynton Kelly e o baterista Max Roach.



West Coast:

O fato é que a melhor maneira de definir o West Coast acaba sendo mesmo a simples enumeração de seus expoentes, mais do que a aplicação de algum critério estético bem definido. As fileiras do West Coast incluíam, entre outros, os trompetistas Shorty Rogers e Conte Candoli, o contrabaixista Eddie Safranski, o baterista Shelly Manne e o saxofonista e clarinetista Jimmy Giuffre. Também se destaca o pianista Lennie Tristano, que se tornou cult - efetivamente um musician's musician (músico para os músicos) - com sua música sofisticada e experimental, que oscila entre o cool e o quase free.O baterista Shelly Manne costumava apresentar seus músicos assim: “No sax alto, Frank Strozier, de Memphis, Tenessee. Ao piano, Russ Freeman, de Chicago, Illinois. Nosso trompetista é Conte Candoli, de Mishawaka, Indiana. No contrabaixo, Monte Budwig, de Pender, Nebraska. E eu sou Shelly Manne, da cidade de Nova Iorque. Nós tocamos West Coast jazz”.Mas de forma resumida,esse estilo era um jazz mais calmo, menos frenético que o hard bop, e as suas músicas caracterizavam-se pelas suas composições mais elaboradas.




OUÇA UM POUCO DO ESTILO BEBOP COM A PARTICIPAÇÃO DE KENNY CLARKE:

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